eu fui pra sacada. e tinha a cidade, o vento, as luzes, os prédios e a música, e a música. e tava tão lindo que te imaginei comigo. e eu te mostrava cada pedaçinho do meu mundo, e você ria. tua risada gostosa.
e foi... bom. [só não melhor que, você sabe.]
e eu vou prestar atenção nessa aula, porque quero lavar e enxugar a tua. posso?
Quando enxuga Fica ruga Dessa rusga Mesmo se se busca Ofusca Que nem farol de fusca Numa estrada qualquer A qualquer hora da madrugada Ê vida marvada Marcada Fadada A tanta topada
Mas tá lavada A alma citada Mas não há água Nem sabão em pó Nem alvejante, amaciante ou quiboa Que desimprima as cicatrizes moleculares Dos vôos alçados Dos sonhos embalados Dos poemas versados Fica sempre um passado Reapropriado e reinventado A contar uma história descabida Sei da história Sei da ferida MAs é sempre bom vê-la banhar-se Sacolejar as asas e os cabelos Sabia que os gatos se lavam Como quem lambe as próprias feridas?
Se quiser um gole Sou taça Sou vinho Sou garapa Sou grapete Afinal quem bebe Repete.. Sou sua bebida Água salgada Hidromel Para ficares melada Sou cerva Sou céu Sou cio Sou cilada Sou mapa Sou linha Sinuosa Aos seus olhos Insônes Se me consomes Revolvo suas entranhas Viro-a do avesso Encho seus pulmões Deixo-a arfar Rezar o terço E o preço É fazê-la querer Ainda mais Quando tremeres os joelhos E doer-lhe o queixo Quando suplicares clemência Dessa ardência Pensarás na prudência E te roubarei a razão Terás me sorvido Estarás relaxada Não sentirás mais nada Além dessa nossa estranha sensação...
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eu fui pra sacada. e tinha a cidade, o vento, as luzes, os prédios e a música, e a música. e tava tão lindo que te imaginei comigo. e eu te mostrava cada pedaçinho do meu mundo, e você ria. tua risada gostosa.
e foi... bom.
[só não melhor que, você sabe.]
e eu vou prestar atenção nessa aula, porque quero lavar e enxugar a tua. posso?
teu,teu,teu.
Quando enxuga
Fica ruga
Dessa rusga
Mesmo se se busca
Ofusca
Que nem farol de fusca
Numa estrada qualquer
A qualquer hora da madrugada
Ê vida marvada
Marcada
Fadada
A tanta topada
Mas tá lavada
A alma citada
Mas não há água
Nem sabão em pó
Nem alvejante, amaciante ou quiboa
Que desimprima as cicatrizes moleculares
Dos vôos alçados
Dos sonhos embalados
Dos poemas versados
Fica sempre um passado
Reapropriado e reinventado
A contar uma história descabida
Sei da história
Sei da ferida
MAs é sempre bom vê-la banhar-se
Sacolejar as asas e os cabelos
Sabia que os gatos se lavam
Como quem lambe as próprias feridas?
Se quiser um gole
Sou taça
Sou vinho
Sou garapa
Sou grapete
Afinal quem bebe
Repete..
Sou sua bebida
Água salgada
Hidromel
Para ficares melada
Sou cerva
Sou céu
Sou cio
Sou cilada
Sou mapa
Sou linha
Sinuosa
Aos seus olhos
Insônes
Se me consomes
Revolvo suas entranhas
Viro-a do avesso
Encho seus pulmões
Deixo-a arfar
Rezar o terço
E o preço
É fazê-la querer
Ainda mais
Quando tremeres os joelhos
E doer-lhe o queixo
Quando suplicares clemência
Dessa ardência
Pensarás na prudência
E te roubarei a razão
Terás me sorvido
Estarás relaxada
Não sentirás mais nada
Além dessa nossa estranha sensação...
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