quarta-feira, 6 de junho de 2007

i wait for you like a dog.


espero pelo momento. momento em que sobe ali o nome que me deixa tremendo. porque as horas custam a passar e o relógio mais parece veneno. porque ele é vicioso e eu quero ter uma overdose. um dia a menos, é sempre bom pensar. enquanto ele trabalha & bebe & fuma, eu fico aqui, com o meu resto de vinho e a carteira pela metade tentando contar nos dedos os segundos e com as batidas do peito - cada vez mais apressadas- calculando quanto tempo falta. porque eu quero-o aqui, dizendo todas aquelas coisas lindas, que só ele sabe dizer.


os cacos de vidro viram flores e eu me derramo pelas escadas, engulo fumaça, que é Ele, transfigurado. Porque ele é o meu amor, meu poeta, minha chuva, minha fumaça, meu travesseiro, meu príncipe-mendigo, meu tudo. foi tão de repente, como uma dança maluca ou um gole de vinho, descendo com força e delicadesa, me deixando desnorteada e abdicando de tudo, para ser Dele e mais nada. Ou tudo. Porque com ele o universo parece tão pequenininho que eu posso segurá-lo na ponta dos dedos. e eu quero tanto tanto tanto que ele chegue logo pra ouvir a voz cansada e triste mais linda do mundo. e eu prometo que não durmo essa noite. ah, eu quero.


quero todo o tempo do mundo pra beijar e abraçar e amar.



toda, completamente entregue, eu.

2 comentários:

poeta quebrado disse...

ah, você não sabe.
o que eu achei ontem.

uma carta, na sala.
acredita?

eu não acreditei até que li inteira.
quis tanto falar contigo,
mas não dava.
não dava, não dava, não dava.

ouvi dizer que tem uma foto bem bonita no blogue do fernando, hoje.

um mundo, pra ti.
boa noite.

poeta quebrado disse...

sou sua noite sou seu quarto se você quiser dormir sou seu fardo sou seu bardo se você quiser ouvir.

poeta, teu.
quebrado, mas tão teu.