segunda-feira, 11 de junho de 2007

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no quadro negro uma palavra
chuva
hoje aprenderemos como se lava
a alma
e depois se enxuga.

4 comentários:

poeta quebrado disse...

eu fui pra sacada. e tinha a cidade, o vento, as luzes, os prédios e a música, e a música. e tava tão lindo que te imaginei comigo. e eu te mostrava cada pedaçinho do meu mundo, e você ria. tua risada gostosa.

e foi... bom.
[só não melhor que, você sabe.]

e eu vou prestar atenção nessa aula, porque quero lavar e enxugar a tua. posso?


teu,teu,teu.

Salve Jorge disse...

Quando enxuga
Fica ruga
Dessa rusga
Mesmo se se busca
Ofusca
Que nem farol de fusca
Numa estrada qualquer
A qualquer hora da madrugada
Ê vida marvada
Marcada
Fadada
A tanta topada

Mas tá lavada
A alma citada
Mas não há água
Nem sabão em pó
Nem alvejante, amaciante ou quiboa
Que desimprima as cicatrizes moleculares
Dos vôos alçados
Dos sonhos embalados
Dos poemas versados
Fica sempre um passado
Reapropriado e reinventado
A contar uma história descabida
Sei da história
Sei da ferida
MAs é sempre bom vê-la banhar-se
Sacolejar as asas e os cabelos
Sabia que os gatos se lavam
Como quem lambe as próprias feridas?

Salve Jorge disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Salve Jorge disse...

Se quiser um gole
Sou taça
Sou vinho
Sou garapa
Sou grapete
Afinal quem bebe
Repete..
Sou sua bebida
Água salgada
Hidromel
Para ficares melada
Sou cerva
Sou céu
Sou cio
Sou cilada
Sou mapa
Sou linha
Sinuosa
Aos seus olhos
Insônes
Se me consomes
Revolvo suas entranhas
Viro-a do avesso
Encho seus pulmões
Deixo-a arfar
Rezar o terço
E o preço
É fazê-la querer
Ainda mais
Quando tremeres os joelhos
E doer-lhe o queixo
Quando suplicares clemência
Dessa ardência
Pensarás na prudência
E te roubarei a razão
Terás me sorvido
Estarás relaxada
Não sentirás mais nada
Além dessa nossa estranha sensação...