segunda-feira, 18 de junho de 2007

twee pop kind of love.


obrigada por ter ido
e deixado o meu cansaço
guardo no prato um sorriso
que devoro com o garfo

abraço as minhas costas
arranho um nome nelas
sinto vento frio
e corro pra janela

lá tem uma nuvem
negra com diamantes
canta pra mim, delírios
como se eu fosse sua amante

e me ensina a versar
versinhos bonitinhos assim
porque é doce e imperfeito
como ele é pra mim.

Um comentário:

Salve Jorge disse...

Se você fosse
Eu quereria
Se você não fosse
Eu te faria
Como você é
Eu te devoro

Se fosses escultura
Serias de grande maestria
Se fosses uma flor
O mundo pararia
Como és divina
Te venero

Como és Tayná
És pura poesia
Não a minha
Mas em mim.. dia-a-dia
Cavas o espaço
Finca bandeiras
Devoras pedaços
Fazes feira
Me leva à beira
De um mar de fantasia

Não fossemos maiores que o mundo
Em nossa pequenez
Escapando das ciladas sórdidas
Dos tacanhos imundos
Preferindo nossos mares profundos
Cheios de altivez
Entremeando devidas mordidas
E beijando a tez
Vacilaríamos na errância
Entristecidos pela distância
Dessa lua que nos acompanha
Mas nossa sede é tamanha
QUe o que nos assanha
Vira a mais singela verborragia

Quando chegares na janela
Se tiveres tempo
E espaço no pensamento
Enquanto sente o movimento do vento
A lhe coçar os sentidos
Pense comigo
Na outra metade do seu sorriso
Na face oculta da lua
Nos contornos do umbigo
Será nosso deleite
Nosso leito
Nosso peito
Ar rarefeito
Ar de raro efeito
Arde.. raro.. feito
Arderá refeito
O peito
O leito
Do nosso jeito
Flutuante sobre o mar
De aguas densas e salgadas
Minha dragoa alada
Que não canso de louvar