domingo, 10 de junho de 2007

idiotic.

só de acordar, os dias caem em desespero
não sou mais ela, sou a outra
de cabelos longos
olhos negros

na imensidão que é o grito
sobem alto os pássaros
não sou homem nem mito
tenho os pés descalços

e não me perguntem porque
há de ser assim
é que quando escorre pela escada
chega doendo até mim

calo os versos e abro a boca
surpresas pintadas
um dois três quatro
cala a boca
desgraça
vou embora
pro teu quarto.

3 comentários:

poeta quebrado disse...

eu junto teus dias, os separo atenciosamente do desespero. e construo de novo, até mais bonitos, se tiver tua ajuda.




vem pro meu, amor.
que eu te faço um café
e me dou.

Salve Jorge disse...

Quando abre as asas
Somem as casas
Desaparecem as calçadas
O asfalto, a grama bem cortada
Os automóveis e sua fumaça esbranquiçada...

Quando exprime esse canto
E marcas a areia com suas pegadas
Meneias as melenas sagradas
E arrasta-me em seu profano manto
Captura-me, demasiado humano
Sucumbo, prostrado e insano
Aos ditames de sua conduta
Impurae conjunta
Arbitrária de tão profusa

Sei de suas cócegas
Das reviravoltas de suas entranhas
Do bem que te assola
Lhe adorna
Te conforma
Te faz sorrir e secar as lágrimas
Impávidas
E a felicidade, coisa tão rara
De poesia tão inspirada

Jogue-me rapunzel
Essas suas novas tranças
Dispa-me em tua nova dança
O sabor de tua pança
VAmos pra França
Percamos a temperança
E fale como e quanto quiseres
Sem se preocupar em seres franca

Unknown disse...

tu conheçe Mariana Alcoforado?

acredita que me lembrei de ti quando li?...
:)

parecia que tuas palavras estavam ali,eu me dissolvia diante daquelas cartas, as palavras, a força que ela tem.