eu calço os sapatos
que pisam na vida
o grão de poeira
o cascão da ferida
o cascão da ferida
não há mais sentido
na minha exatidão
quebrei os ossos
te seguindo com os olhos
mordendo a terra
que cobria o meu chão
suei a água
que te inundou a vista
os ventos lentos
as pessoas
as tripas
tudo espalhado
no peito do asfalto
sem dó
ou sossego
cabelos
peitos
no reflexo da carne podre
sou o que cresce
e, logo depois,
morre.
sou o aborto da saudade de ti.
4 comentários:
Quero
Um lero
Se preciso espero
E me esmero
Para tê-la aqui perto...
Parto...
Sois
Sol
Sabes
Sabe sim
Então nada de eclipses
Elípses
Hiatos
Quero aqueles relatos
Que lavravas pra mim
Quero-a assim
Bobamente feliz
Como certo dia já fiz
Você rir
E ir
Voando pra mim
Sabe o que eu sei?
De um mar
Que é lar
De dragões impávidos
Lá os dracônicos são eternamente felizes...
Sim, sim.. é mentira
Mas acredites
Minto para o seu bem
Meu bem
Minto para vê-la feliz
Para beijar-te o nariz
Amém
Amem
Que o mar
Ah, mar
Continua difícil de singrar
Mas nós não desistimos
E juntos
Temos a força do desatino
Então vem desatinar comigo
Em mim
Que te beijo o umbigo...
eu adoro vir aqui, porque tu escreves coisas lindas.
acho que sei ao que é que te tás a referir. e se for isso - sim, sou. sou mesmo.
tu? nos meus links? sim?
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