segunda-feira, 13 de agosto de 2007

desabafo.

eu não aguento. sério mesmo, não aguento. porque você faz isso? poxa, eu queria tanto te colocar numa caixinha e tudo aquilo mais que eu disse. e amanhã eu estou preparando uma surpresa tão bonita que se fosse pra mim, eu saia na rua atraz da pessoa que o fez e daria um abraço daqueles, sabe? mas acho que você não vai fazer nada disso mesmo. mas eu queria muito muito que você o fizesse. poxa, como eu queria. e queria também que você gostasse de mim o tanto enorme que eu gosto de você. ia ser bom. eu enchia teu copo metade cheio e tu enchias o meu, metade vazio. e eu juro que atravessava a rua de mãos dadas. quantas vezes você quisesse. e não adianta, não adianta dizerem pra eu ter cuidado. é isso que dá, sabe? dormir cheirando a mão, contar as horas, esperar resposta, dormir ouvindo frank sinatra. eu não quero nem pensar no resto, quero dormir. mas lá nos sonhos, é perigoso. e eu grito grito grito. faço uma festa de grito. ouve, por favor. mas não só ouve, grita de volta. eu, ai.

2 comentários:

Salve Jorge disse...

Desabafa
Desaba
Com o que te abafa
Dê o que sabes
Abra-se
Bem sei
Não é fácil
Sua chuva é dourada
Mesmo que sejam negras as nuvens
Intoxicada pela névoa poluente
Que espalha-se contundente
Por toda essa metrópole
Não espere pelo abraço
Não anseie pelo laço
Não se paute pelo retorno
É mero adorno
De sua vaidade
Toda essa sua vontade
De alguma reciprocidade

Escancaradamente
Até a última ponta
Seja tão abnegada
Que soará como afronta
Ficarão tontas
E então dialogarão em paz
Na devida medida
Em qua a vossa fome voraz
Lhe canibalizar a entropia
Não por dever
Por simples querer
Limpar as chagas, lamber as feridas
E aproveitar até o que lhes feria...

Alexandra Mendes disse...

desabafo.
até os desabafos conseguem arrepiar.

posso adicionar-te aos links?