Fui lá na esquina
Encontei uma flor
Encontei uma flor
A flor era amarela e ela dizia:
-eu sou a verdadeira cor do amor
Ah, florzinha, que mentira!
Meu amor não é assim apagado
Meu amor é forte e até cega!
Vermelho e roxo, bem apertado.
Mas a florzinha insistia
Da sua cor ela afirmava
Vermelho é o amor que te feria,
Amarelo é o amor que te faz graça.
Ah, florzinha, isso pode ser
Que aqui desassossega um coração alado
Tão doente e tão cansado
De andar por um deserto, vê?
Ah, meu coração amarelo
bate desesperado!
Mas não, não desista, coisa mais linda!
Dizia a florzinha, toda adocicada.
Abra a boca e mostre a língua
Engula minhas pétalas
Como se fossem água
Eu engoli a florzinha, mas que maldade!
Agora passo mal a vida toda
Fico por aí, vomitando poesia
E de amor, morrendo doida.
4 comentários:
ah, mas ela é tão bonitinha
que danada essa florzinha.
=)
encantadora, tua escrita.
e essa florzinha, sagaz.
:)
Tu és fenomenal, meu amor.
Fenomenal.
será que foi uma dessas
que eu comi sem saber
e me cortou tanto por dentro?
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