As linhas da minha mão constrói nosso futuro, segure-a firme. Vê as estrelas? Elas aí, são tão solitárias quanto aqui? Brilham na sua inocência tão virgem! E nada mais é assim nesse mundo, além de ti. O caminho do meu corpo, que percorre o teu com toda o desejo que têm as mulheres em seu derramar vermelho. eu construo um palácio onde caberá todo o mundo para que fiquemos com o restinho que sobrar da flora e relva, para nós. então, ganhamos a confiança ao perdê-la para as imagens ocultas de um feio que veste-se de beleza para atrair olhares falsos pela rua descalça.
no meio dos olhos carrego uma chegada de sonho. aguardo pelo momento em que tocarás meu tempo com os teus ponteiros. pararemos e o mundo, também. contemplarão a visão da Poesia juntando-se em dois corpos distintos, porém, de mesma Alma. cantem, vós, os Anjos! desçam até aqui, vós, os Deuses! Maravilhem-se com a imagem plena de um entregar-se completo. ó, eu que levava a falta de esperança entrelaçada nos dedos! ouço a música vermelha que vem do céu e colore a íris de todos que ousem observá-la. sobem os brilhantes e descem as nuvens. Venha, meu amor, venha voar comigo por entre os astros. faremos uma trilha de suspiros e eles seguirão nossos passos. desejando ser o ar que respiramos, com os lábios tão grudados! deliciando-se na imagem perfeita de dois corpos alvos de Amor manchados a acariciarem-se no colo das estrelas.
Ouçam!
e com um suspiro dela, criou-se o Universo.